O que distingue os melhores executives coaches dos medianos? O que os melhores executives coaching do mundo têm em comum? Para responder a essa pergunta, o Dr.Gavin Dagley, em parceria com o Australian Human Resources Institute, realizou um estudo inédito em 2010, onde profissionais da área de RH, que coordenaram programas de coaching com 605 executivos, foram convidados a avaliar aqueles com os quais trabalharam, e indicar os que consideram “excepcionais.
Na semana seguinte, o próprio Dr.Dagley realizou mais de 20 horas de entrevistas com os coaches selecionados, com o objetivos de identificar características comuns, compartilhadas por todos e que os tornaram coaches excepcionais.
Suas descobertas, resumidas no estudo Interviews with Excepional Coaches; Understanding Effective Coaching Practice (Entrevista com Coaches Excepcionais: Entendendo a Prática do Coaching Efetivo), reforçam e validam as regras de ouro do executive coach, alinhadas a seguir:
- Compromisso com o desenvolvimento contínuo
A necessidade de investir no autodesenvolvimento para enfrentar os desafios do mundo corporativo é apontadas como a regra número 1 e uma unanimidade entre os coaches entrevistados. Para tanto, mesmo no topo de sua profissão, eles investem ,em média, 60n horas por ano em seu desenvolvimento, conforme revelou o estudo.
Segundo os coaches profissionais, o investimento no autodesenvolvimento deve cobrir quatro áreas:
- conhecimento e aquisição de competências;
- horas de prática;
- reflexão sobre a prática;
- desenvolvimento pessoal.
Na opinião dos melhores coaches, tanto o iniciante quanto o coach veterano devem continuar crescendo – e o auto desenvolvimento é um processo contínuo.
2. Adotar o papel de facilitador
A função do coach não é a de dizer ao executivo que fazer, mas a de estimular sua capacidade para encontrar suas próprias soluções. Assumir um papel diretivo pode, muitas vezes, representar um atalho e um caminho mais fácil para o coach, mas não é o que produz melhores resultados, porque torna o cliente mais resistente e defensivo e não contribuir para elevar sua autonomia e capacidade de autogestão.
Facilitar em vez de direcionar é crucial para um coaching de sucesso e isso requer:
- conhecer om processo de desenvolvimento humano;
- saber motivar, energizar, desafiar a estimular a reflexão;
- ter as competências emocionais e de comunicação desenvolvidas;
- ter visão sistêmica e capacidade de enxergar o quadro geral;
- desenvolver uma relação de confiança e empatia com o cliente;
- desenvolver a maturidade e a sensibilidade necessárias para distinguir entre facilitar a direcionar;
- acreditar no potencial do cliente.
3 – Fluidez e complementaridade
Essa é terceira regra identificada na pesquisa e aborda os aspectos essenciais com que o coach deve trabalhar: objetivos. conscientização, aquisição de competências e aprimoramento e mudanças comportamentais.
Alguns coaches iniciantes tendem a abordar esses aspectos separadamente, mas isso não garante a efetividade do coaching Objetivos, conscientização, mudança comportamental e desenvolvimento de competências são complementares – e o coachee só irá se comprometer com esses objetivos se entender sua relevância e benefícios.
Atingir objetivos muitas vezes requer o desenvolvimento de competências, o que muitas vezes exige mudanças de comportamento e sempre exige motivação e empenho. E isso não irá acontecer se o cliente não souber por que e para que ele deve empreender esse esforço.
4 – Capacidade de energizar
A quarta regra do executive coach refere-se á capacidade de energizar a si mesmo, ao coachee, e ao próprio processo de coaching. Cada coach possui seu próprio estilo e personalidade, mas a capacidade de energizar deve ser inerente a todos. Assim, qualquer quer seja o seu estilo, o coach precisa ser capaz de:
- instilar entusiasmo;
- injetar vigor e vitalidade nas sessões de coaching;
- fazer com que o coachee se sinta envolvido em um processo vibrante e transformador.
Durante o processo de coaching, em alguns momentos o coach se sentirá desafiado e terá que encarar aspectos que precisa mudare desenvolver. E é justamente nesses momentos que a capacidade de energizar se faz ainda mais necessária, para que o coachee descubra em si mesmo a força e o vigor para superar bloqueios e limitações.
O coach aumentará sua capacidade de energizar quando sabe se automotivar, está consciente de sua missão, propósitos e valores, e quando emprega 100% de sua energia e habilidades no processo de coaching.
Os 8 fatores determinantes do sucesso
No estudo Entrevistas com Coaches Excepcionais, os profissionais de RH apontaram – e os coaches endossaram – oito fatores que caracterizam a excelência na profissão:
- Credibilidade;
- Empatia, respeito e conexão;
- Postura profissional;
- Insight e habilidade de fazer avaliações;
- Modo de abordar a situação, flexibilidade e amplitude de escopo (competências para lidar com uma variedade de questões);
- Capacidade para atuar não só no contexto do negócio, mas também para o contexto do negócio;
- Filosofia de responsabilidade pessoal;
- Capacidade de desafiar de forma habilidosa e eficaz.
Opa, Sergio. Gostei muito do conteúdo. Sou coaching e aprendi principalmente que a empatia é a chave para conquistar bons clientes e promover resultados. Forte abraço!
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Adolfo,
Agradeço o comentário e o prestigio da leitura. Abraços
Sergio
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