Produtividade: Faça o Tempo e Fique em Paz com o Relógio

Faça Tempo

 

 

Ter mais tempo, sim, mas não necessariamente para executar novas tarefas. Essa, em síntese, é a recomendação de  Jake Knapp e John Zeratski no livro “Faça Tempo”, recentemente lançado no Brasil.

Os autores, que por anos trabalharam em empresas de tecnologia, se tornaram conhecidos após a publicação de sua primeira obra, Sprint, onde revelaram o método por eles desenvolvido para testar e criar inovações em pouco tempo no Google.

De lá para cá, eles vêm trabalhando para encontrar novas formas de gerir o tempo e chegaram á conclusão de que nem sempre é melhor fazer coisas mais rápidas. O que defendem é que a nossa rotina não deve ser utilizada apenas na reação automática as demandas dos outros ou em distrações como o celular. Só assim é possível, de fato, usar nosso tempo para as coisas que realmente importam, tanto na carreira quanto na vida pessoal.

No novo livro, eles reúnem as técnicas que encontraram para retomar o controle e ter mais energia, tais como cortar redes sociais, dizer “não” mais vezes e otimizar o tempo em que tomavam café ou faziam exercícios, além de escolher pelo menos uma tarefa por dia para se concentrar por no mínimo uma hora. Os autores sugerem que o ideal é que cada um teste as dicas e encontre o que funciona melhor para si mesmo.

Principais destaques

Diferença entre ter mais tempo e ser mais produtivo

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A palavra “produtivo” normalmente é associada ao ato de completar tarefas no menor espaço de tempo. Esse, segundo os autores, é um bom objetivo para uma fábrica ou para uma linha de produção, mas não deveria ser assim que deveríamos avaliar a nós mesmos e como utilizamos os nossos dias.

Em lugar disso, eles defendem a ideia de ser “proposital” com nosso tempo, o que significa avaliar o que é importante para você – e não apenas para seus amigos e colegas de trabalho – e fazer com que você tenha tempo para focar nas verdadeiras prioridades.

As tarefas “Destaque”

No livro, há a sugestão de que a cada dia reservemos ao menos 1 horas para um projeto ou tarefa que podemos escolher livremente, a que os autores chamam de “destaque”. Isso seria uma forma prática de identificar para o que você está guardando tempo, de forma a reduzir distrações e se sentir mais satisfeito ao final do dia com o progresso alcançado.

Para os autores, as chamadas “listas de tarefas” são enganosas e sedutoras. Quando pensamos em algo a fazer, colocamos numa lista e, quando tempo para trabalhar nela, riscamos um item da lista. Á primeira vista, isso funciona muito bem. O problema, porém, é que colocamos itens sem realmente pensar a respeito e normalmente concluímos as tarefas mais rápidas ou fáceis de fazer – não as mais importantes.

Em consequência, por parecem intimidadores, os grandes projetos permanecem parados nas listas e vão sendo sistematicamente deixados para depois, gerando insatisfação por nunca termos tempo para eles. Além disso, muita coisa verdadeiramente importante – como passar mais tempo com a família, exercitar-se, etc – nunca aparece nessas listas.

Assim, se você nunca completa os itens de uma lista, pode ser que ela o esteja distraindo do que realmente quer fazer, em vez de estar ajudando a ganhar tempo. Por isso, se tiver algo importante a ser feito, coloque na sua agenda para ser realizado em dia ou horário especifico. As demais tarefas, que podem ser feitas quando houver tempo e no contexto adequado, devem ficar numa lista separada.

Como lidar com o ócio e o tempo livre

Perdemos inspiração, reflexões e descanso se não temos tempo livre. É por isso que temos ideias no chuveiro, por exemplo, quando nosso cérebro tem uma pausa de todos os ruídos e distrações do mundo moderno. Mas estamos tão obcecados com produtividade que, quando temos 1 minuto de calma, logo pensamos “o que posso fazer para usar bem esse tempo livre”?

Entretanto, ás vezes o melhor a fazer é “desperdiçar tempo”, sair para uma caminhada ou só olhar pela janela. Felizmente, podemos usar nossas ferramentas tecnológicas, nossas agendas e rotinas diárias para introduzir de volta esse tempo livre em nossa vida. Afinal, lembram os autores, por milhares de anos, os humanos evoluíram para prosperar com o tédio e com o silêncio.

 

 

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